O mundo enfrenta desafios ambientais e climáticos interligados que exigem respostas integradas e baseadas na cooperação internacional. Discutir mudanças climáticas e também falar sobre qualidade do ar: a poluição atmosférica está diretamente associada ao aquecimento global, e incêndios florestais e atividades urbanas, industriais e agropecuárias são os principais causadores deste problema. Ao sediar a COP30 na Amazônia, o Brasil tem a oportunidade de liderar negociações que incluam a pauta de qualidade do ar tão importante.
O avanço das queimadas no Brasil levou cidades como Porto Velho e São Paulo a registrarem alguns dos piores índices de qualidade do ar do mundo em 2024. Grandes populações urbanas brasileiras sentiram de forma direta e significativa os impactos econômicos e na saúde causados pela fumaça dos incêndios florestais.
Os crescentes episódios semelhantes no país e no exterior reforçam a urgência de destacar a qualidade do ar nas discussões climáticas, articulando os principais atores da agenda ambiental global.
Para contribuir com essa agenda, o CEBRI e o Clean Air Fund lançam um projeto para reforçar o debate sobre qualidade do ar e impactos dos superpoluentes no meio ambiente, na saúde e na economia. A iniciativa busca:
O que são superpoluentes?
Também conhecidos como Poluentes Climáticos de Vida Curta (PCVCs ou SLCPs em inglês), os superpoluentes são gases que permanecem menos tempo na atmosfera do que o dióxido de carbono (CO2), mas possuem um enorme potencial de aquecimento do clima. Entre os principais estão o metano (CH4), o carbono negro (fuligem), o ozônio troposférico (O3) e os hidrofluorcarbonetos (HFCs).
Esses poluentes são gerados por fatores como queimadas, transporte a diesel, agricultura intensiva e processos industriais.
Por que integrar qualidade do ar à agenda climática?
Reduzir a poluição do ar pode gerar benefícios rápidos e tangíveis: melhora da saúde dos cidadãos, redução das emissões de gases de efeito estufa e avanços na proteção ambiental. Destacar essa pauta na COP30 em Belém representa uma oportunidade para o Brasil liderar uma discussão global que seja cientificamente sólida, socialmente justa e politicamente viável.
Avançar nesse tema em Belém significa fortalecer o combate aos superpoluentes nas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), em planos de mitigação e adaptação e no financiamento climático.
Por que reduzir as emissões de carbono negro?
Leia na íntegra AQUI.
Por que combater o ozônio troposférico?
Leia na íntegra AQUI.
Organizado pelo CEBRI e pelo Clean Air Fund, o evento reuniu líderes da Presidência da COP30, embaixadas e ministérios brasileiros para avançar na agenda de superpoluentes e qualidade do ar na COP30. O diálogo destacou os impactos urgentes de superpoluentes, como o carbono negro e o ozônio troposférico, nas mudanças climáticas, na saúde pública e na estabilidade econômica.
PUBLICAÇÃO DO EVENTO
Factsheet "Opportunities for leadership on super pollutants at COP30". Leia AQUI.
Organizada pelo CEBRI e pelo Clean Air Fund, a mesa-redonda reuniu pesquisadores, líderes da sociedade civil e partes interessadas do governo para destacar a importância de integrar a qualidade do ar e o carbono negro às agendas florestais antes da COP30.
PUBLICAÇÃO DO EVENTO
Factsheet "Tackling forest fires and air pollution: Leveraging solutions on the road to COP30". Leia AQUI.
Organizado pelo CEBRI e pelo Clean Air Fund, o evento discutirá a importância de políticas para o combate aos superpoluentes (ou Poluentes Climáticos de Vida Curta - SLCP, como carbono negro, ozônio troposférico e metano), compartilhando experiências internacionais nessa área e oportunidades de cooperação na COP 30 e além. A mesa redonda reunirá lideranças de ministérios brasileiros relevantes e delegações internacionais de países com experiência em planos para superpoluentes e políticas de qualidade do ar.