No dia 12 de novembro, o CEBRI inaugurou sua nova sede em uma cerimônia que reuniu conselheiros, fellows, associados, parceiros e representantes de empresas que integram a trajetória da instituição e contribuíram para a revitalização do espaço.

A abertura do evento contou com as palavras de Julia Dias Leite, Diretora-Presidente do CEBRI, José Pio Borges, Presidente do Conselho Curador, e Pe. Anderson Antonio Pedroso, Reitor da PUC-Rio. 

A cerimônia também teve a presença do Embaixador Mauro Vieira, Ministro de Estado das Relações Exteriores, que destacou a trajetória do CEBRI desde 1998 e relembrou ter acompanhado de perto os primeiros passos da instituição. Em sua fala, ressaltou o papel assumido pelo CEBRI ao longo das últimas décadas, afirmando que “o CEBRI é, ao mesmo tempo, causa e consequência dessa profunda e bem-vinda transformação na relação da sociedade brasileira com a formulação da política externa”.

Para Julia Dias Leite, a parceria estratégica com a PUC-Rio, que possibilitou ao CEBRI investir na revitalização de um imóvel pertencente ao patrimônio da Universidade, representa um marco nos 27 anos de trajetória do think tank.

“Essa sede é um presente para o Rio de Janeiro. Queremos ser sempre um espaço de diálogo independente, apartidário e equilibrado, com o uso da diplomacia que está no nosso DNA. Este novo CEBRI será, cada vez mais, um lugar para pensar o Brasil e o futuro”, destacou.

José Pio Borges destacou a evolução temática e institucional do CEBRI ao longo das décadas, ressaltando que novas agendas passaram a integrar de forma central os debates da instituição, como meio ambiente, transição energética, inovação digital e minerais estratégicos, em consonância com as transformações na inserção internacional do Brasil. Para o Presidente do Conselho Curador,

“a inauguração de um espaço mais amplo e moderno materializa o projeto concebido pelos fundadores. Essa capacidade de renovação é, ao mesmo tempo, nosso principal legado e nosso compromisso com o futuro”.

O Reitor da PUC-Rio, Pe. Anderson Antonio Pedroso, ressaltou que os desafios contemporâneos exigem uma articulação entre diferentes saberes e setores da sociedade.

“Vivemos em um mundo em que os temas clássicos da diplomacia se entrelaçam com desafios como a transição energética, a transformação digital e a governança ética das novas tecnologias. Para lidar com essa complexidade, o Brasil precisa articular a experiência de sua política externa, a capacidade analítica da academia e a energia criativa da sociedade. É exatamente isso que a parceria entre o CEBRI e a PUC-Rio simboliza”, afirmou.

A cerimônia marcou ainda o lançamento do livro Memórias de Marcos Azambuja, em homenagem ao Conselheiro Emérito do CEBRI e a uma das figuras mais marcantes da diplomacia brasileira nas últimas décadas. A obra foi apresentada pelo Embaixador Gelson Fonseca, fundador e membro do Conselho Curador do CEBRI e autor do prefácio, e por Pedro Malan, Conselheiro Emérito do CEBRI e Ministro da Fazenda entre 1995 e 2002.

Durante o evento, também foi entregue a Placa de Reconhecimento a Tomas Zinner, membro do Conselho Curador do CEBRI e do Conselho de Administração do Instituto Unibanco, em homenagem à sua contribuição contínua para a instituição desde o final dos anos 1990.

Encerrando a cerimônia, Lucas Padilha, Secretário de Cultura do Rio de Janeiro, destacou a importância do CEBRI como instituição da sociedade civil que atua como ponte entre governo, academia, setor empresarial e sociedade civil. Ressaltou ainda a contribuição do CEBRI para a realização de grandes eventos internacionais no Brasil nos últimos anos, como o G20 e o BRICS. Segundo ele, o papel desempenhado pela instituição na realização do T20 no Rio de Janeiro exemplifica sua capacidade de reunir diferentes vozes, informar a sociedade, orientar debates e contribuir para a construção de consensos sobre os principais desafios globais.

Fotos: Cristina Lacerda