CEBRI inaugura agenda em São Paulo com evento sobre meio ambiente

  • 22 junho 2023

O CEBRI promoveu o evento “Conversa Brasil no Mundo: Summit Amazônia, G20, COP Dubai e a COP 30 no Brasil”, em São Paulo, na Casa Zalszupin, nesta quarta-feira (21), que tratou da agenda climática brasileira para os próximos anos. 

O encontro trouxe perspectivas do governo, da sociedade civil e da iniciativa privada sobre sustentabilidade e meio ambiente. Foi o primeiro de uma série de debates que o CEBRI irá promover em São Paulo, construindo “um lugar de reflexão e conversas sobre temas da agenda internacional”, como observou a Diretora-Presidente do CEBRI Julia Dias Leite. Ela participou da abertura, juntamente com a CEO da Etel, Lissa Carmona

Com moderação da jornalista e Senior Fellow do CEBRI Leila Sterenberg, o evento contou com a participação de Izabella Teixeira, Ministra do Meio Ambiente (2010-2016) e Conselheira Emérita do CEBRI; Ana Toni, Secretária Nacional de Mudança do Clima do MMA e Conselheira do CEBRI; o Embaixador André Corrêa do Lago, Secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do MRE e Conselheiro do CEBRI; Marcos Jank, Professor Sênior de Agronegócio do Insper, Coordenador do Centro Insper Agro Global e Conselheiro do CEBRI; e Sérgio Gusmão Suchodolski, Sócio e Vice-Presidente Executivo da VR Investments, Board Member da Fundação Amazônia Sustentável e Senior Fellow do CEBRI.

A discussão mostrou que o Brasil precisa mudar a estratégia de se defender internacionalmente em relação à mitigação dos efeitos do desmatamento e falar mais sobre a adaptação da economia e da sociedade brasileira em concordância com as mudanças climáticas.

Marcos Jank observou que incentivos ao produtor e, principalmente, iniciativas que geram ganhos de produtividade, como a do uso das novas tecnologias, trazem inúmeras oportunidades para o cenário nacional.

O Embaixador Corrêa do Lago falou sobre a retomada da política ambiental e ressaltou que temos um governo que quer dialogar, mas que o diálogo é a primeira etapa. É preciso construir soluções e caminhos objetivos.

Ana Toni ressaltou as dificuldades do governo de coordenar os esforços domésticos e internacionais em diversas frentes, a exemplo do desmatamento na Amazônia. Ainda, trouxe à mesa uma reflexão sobre o que seria o mundo pós-carbono e afirmou que é a partir da visão para o futuro que queremos que podemos definir os próximos passos e planos setoriais de políticas públicas. 

Suchodolski reforçou esse ponto de vista afirmando que a transformação acontece a partir de uma “imaginação planejada”. Além disso, ele ressaltou a criação de um mercado de carbono no Brasil, tema que tem proposta consensuada no governo e está em tramitação no Congresso, como ressaltou Ana Toni.

Izabella Teixeira apontou que, mesmo com o novo governo, é a sociedade civil que vai liderar a posição internacional do Brasil a respeito do clima. “É sobre o futuro que estamos discutindo hoje e acho que temos grandes opções, o Brasil é um país com alternativas e singularidades, falta audácia”, pontuou.

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O CEBRI promoveu o evento “Conversa Brasil no Mundo: Summit Amazônia, G20, COP Dubai e a COP 30 no Brasil”, em São Paulo, na Casa Zalszupin, nesta quarta-feira (21), que tratou da agenda climática brasileira para os próximos anos. 

O encontro trouxe perspectivas do governo, da sociedade civil e da iniciativa privada sobre sustentabilidade e meio ambiente. Foi o primeiro de uma série de debates que o CEBRI irá promover em São Paulo, construindo “um lugar de reflexão e conversas sobre temas da agenda internacional”, como observou a Diretora-Presidente do CEBRI Julia Dias Leite. Ela participou da abertura, juntamente com a CEO da Etel, Lissa Carmona

Com moderação da jornalista e Senior Fellow do CEBRI Leila Sterenberg, o evento contou com a participação de Izabella Teixeira, Ministra do Meio Ambiente (2010-2016) e Conselheira Emérita do CEBRI; Ana Toni, Secretária Nacional de Mudança do Clima do MMA e Conselheira do CEBRI; o Embaixador André Corrêa do Lago, Secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do MRE e Conselheiro do CEBRI; Marcos Jank, Professor Sênior de Agronegócio do Insper, Coordenador do Centro Insper Agro Global e Conselheiro do CEBRI; e Sérgio Gusmão Suchodolski, Sócio e Vice-Presidente Executivo da VR Investments, Board Member da Fundação Amazônia Sustentável e Senior Fellow do CEBRI.

A discussão mostrou que o Brasil precisa mudar a estratégia de se defender internacionalmente em relação à mitigação dos efeitos do desmatamento e falar mais sobre a adaptação da economia e da sociedade brasileira em concordância com as mudanças climáticas.

Marcos Jank observou que incentivos ao produtor e, principalmente, iniciativas que geram ganhos de produtividade, como a do uso das novas tecnologias, trazem inúmeras oportunidades para o cenário nacional.

O Embaixador Corrêa do Lago falou sobre a retomada da política ambiental e ressaltou que temos um governo que quer dialogar, mas que o diálogo é a primeira etapa. É preciso construir soluções e caminhos objetivos.

Ana Toni ressaltou as dificuldades do governo de coordenar os esforços domésticos e internacionais em diversas frentes, a exemplo do desmatamento na Amazônia. Ainda, trouxe à mesa uma reflexão sobre o que seria o mundo pós-carbono e afirmou que é a partir da visão para o futuro que queremos que podemos definir os próximos passos e planos setoriais de políticas públicas. 

Suchodolski reforçou esse ponto de vista afirmando que a transformação acontece a partir de uma “imaginação planejada”. Além disso, ele ressaltou a criação de um mercado de carbono no Brasil, tema que tem proposta consensuada no governo e está em tramitação no Congresso, como ressaltou Ana Toni.

Izabella Teixeira apontou que, mesmo com o novo governo, é a sociedade civil que vai liderar a posição internacional do Brasil a respeito do clima. “É sobre o futuro que estamos discutindo hoje e acho que temos grandes opções, o Brasil é um país com alternativas e singularidades, falta audácia”, pontuou.

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