No dia 30 de julho, o Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI) e a Fundação Konrad Adenauer no Brasil (KAS Brasil) promoveram o evento restrito “Análises pós-Cúpula: BRICS 2025 e a Declaração do Rio”, com o objetivo de refletir sobre os desdobramentos da 17ª Cúpula de Líderes do BRICS, realizada nos dias 6 e 7 de julho, e sobre os rumos da atuação brasileira no grupo.
O encontro reuniu representantes do governo, do corpo diplomático - brasileiro e estrangeiro -, além de especialistas e acadêmicos para discutir os principais consensos expressos na Declaração do Rio, além dos desafios e oportunidades da presidência brasileira no BRICS.
Um dos temas centrais da discussão foi o descompasso entre a percepção externa sobre o BRICS e as complexidades internas da coalizão, frequentemente mal compreendida como uma iniciativa de caráter antiocidental. Em contraste, destacou-se o caráter pragmático e multissetorial da atuação do bloco, marcado pela heterogeneidade política, econômica e institucional.
No plano geopolítico, o encontro abordou os desafios da ordem internacional contemporânea e a busca por um multilateralismo mais inclusivo. A Declaração do Rio refletiu esse esforço, destacando três compromissos centrais: a reforma das instituições multilaterais, a segurança alimentar no contexto da agenda ambiental e o financiamento climático.
A presidência brasileira no BRICS foi estruturada em torno de seis prioridades estratégicas. Como parte desse esforço, os participantes destacaram o engajamento transversal da administração pública brasileira, com ampla mobilização de ministérios, agências e centros de pesquisa.
Nesse contexto, foram debatidas iniciativas voltadas ao fortalecimento do diálogo com a sociedade civil, por meio de fóruns como o Conselho Empresarial do BRICS (CEBRICS) e o Conselho de Think Tanks do BRICS (BTTC), reconhecendo as distintas realidades dos países-membros.
Por fim, a discussão apontou que a atuação do Brasil no BRICS representa uma oportunidade estratégica para repensar seu posicionamento internacional. O fortalecimento de capacidades nacionais – em áreas como Defesa, Tecnologia e Bioeconomia – e a construção de um consenso doméstico em torno de uma visão de longo prazo foram considerados elementos fundamentais para garantir a efetividade, legitimidade e sustentabilidade da inserção brasileira no grupo.
9h (BRT)
Português
No dia 30 de julho, o Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI) e a Fundação Konrad Adenauer no Brasil (KAS Brasil) promoveram o evento restrito “Análises pós-Cúpula: BRICS 2025 e a Declaração do Rio”, com o objetivo de refletir sobre os desdobramentos da 17ª Cúpula de Líderes do BRICS, realizada nos dias 6 e 7 de julho, e sobre os rumos da atuação brasileira no grupo.
O encontro reuniu representantes do governo, do corpo diplomático - brasileiro e estrangeiro -, além de especialistas e acadêmicos para discutir os principais consensos expressos na Declaração do Rio, além dos desafios e oportunidades da presidência brasileira no BRICS.
Um dos temas centrais da discussão foi o descompasso entre a percepção externa sobre o BRICS e as complexidades internas da coalizão, frequentemente mal compreendida como uma iniciativa de caráter antiocidental. Em contraste, destacou-se o caráter pragmático e multissetorial da atuação do bloco, marcado pela heterogeneidade política, econômica e institucional.
No plano geopolítico, o encontro abordou os desafios da ordem internacional contemporânea e a busca por um multilateralismo mais inclusivo. A Declaração do Rio refletiu esse esforço, destacando três compromissos centrais: a reforma das instituições multilaterais, a segurança alimentar no contexto da agenda ambiental e o financiamento climático.
A presidência brasileira no BRICS foi estruturada em torno de seis prioridades estratégicas. Como parte desse esforço, os participantes destacaram o engajamento transversal da administração pública brasileira, com ampla mobilização de ministérios, agências e centros de pesquisa.
Nesse contexto, foram debatidas iniciativas voltadas ao fortalecimento do diálogo com a sociedade civil, por meio de fóruns como o Conselho Empresarial do BRICS (CEBRICS) e o Conselho de Think Tanks do BRICS (BTTC), reconhecendo as distintas realidades dos países-membros.
Por fim, a discussão apontou que a atuação do Brasil no BRICS representa uma oportunidade estratégica para repensar seu posicionamento internacional. O fortalecimento de capacidades nacionais – em áreas como Defesa, Tecnologia e Bioeconomia – e a construção de um consenso doméstico em torno de uma visão de longo prazo foram considerados elementos fundamentais para garantir a efetividade, legitimidade e sustentabilidade da inserção brasileira no grupo.
Sócia da Vallya