Policy Papers

Antropoceno como conceito e diagnóstico: implicações para o multilateralismo e na perspectiva do Brasil

Desde o lançamento do conceito de antropoceno por cientistas do clima e os intensos intercâmbios que se seguiram entre físicos, químicos, geólogos e oceanógrafos no começo do século XXI, o debate nas ciências humanas e sociais sobre suas causas e implicações tem avançado significativamente, trazendo inovações e apontando contradições expressadas nas categorias propostas de capitaloceno, plantationceno, chthuloceno e faloceno. Nas Relações Internacionais e na Análise de Política Externa, ainda são tímidos os avanços teóricos, metodológicos e empíricos que adotem o conceito e o diagnóstico do antropoceno como premissa. No campo das políticas públicas, das práticas diplomáticas e dos debates sobre as reformas necessárias do multilateralismo, são grandes os desafios, principalmente quando se analisa o papel regional e global do Brasil nesse cenário. Neste policy paper, argumento que a adoção do conceito-diagnóstico de antropoceno implica repensar profundamente o papel do Estado nos modelos de desenvolvimento, mas também o desenho institucional e a definição das responsabilidades das organizações multilaterais contemporâneas. Para desenvolver o argumento, o policy paper está organizado em três seções: (i) o antropoceno como conceito e diagnóstico; (ii) o antropoceno nas relações internacionais, com ênfase para as questões de desenvolvimento e segurança; (iii) implicações para o multilateralismo e desafios postos ao Brasil.

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Desde o lançamento do conceito de antropoceno por cientistas do clima e os intensos intercâmbios que se seguiram entre físicos, químicos, geólogos e oceanógrafos no começo do século XXI, o debate nas ciências humanas e sociais sobre suas causas e implicações tem avançado significativamente, trazendo inovações e apontando contradições expressadas nas categorias propostas de capitaloceno, plantationceno, chthuloceno e faloceno. Nas Relações Internacionais e na Análise de Política Externa, ainda são tímidos os avanços teóricos, metodológicos e empíricos que adotem o conceito e o diagnóstico do antropoceno como premissa. No campo das políticas públicas, das práticas diplomáticas e dos debates sobre as reformas necessárias do multilateralismo, são grandes os desafios, principalmente quando se analisa o papel regional e global do Brasil nesse cenário. Neste policy paper, argumento que a adoção do conceito-diagnóstico de antropoceno implica repensar profundamente o papel do Estado nos modelos de desenvolvimento, mas também o desenho institucional e a definição das responsabilidades das organizações multilaterais contemporâneas. Para desenvolver o argumento, o policy paper está organizado em três seções: (i) o antropoceno como conceito e diagnóstico; (ii) o antropoceno nas relações internacionais, com ênfase para as questões de desenvolvimento e segurança; (iii) implicações para o multilateralismo e desafios postos ao Brasil.

Participaram dessa publicação

Carlos Milani
Senior Fellow

Vice-Diretor do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IESP-UERJ)

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