Conferências

XXII Conferência de Segurança Internacional do Forte | Para além do Não Retorno

Em 2024, o mundo atingiu um marco crítico: pela primeira vez, a temperatura média global superou 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, ultrapassando o limite estabelecido pelo Acordo de Paris. Esse ponto de inflexão não apenas evidencia a urgência da crise climática, como também sinaliza profundas repercussões geopolíticas e de segurança. À medida que os impactos relacionados ao clima se intensificam, o sistema internacional enfrenta múltiplos pontos de ruptura — não apenas na esfera ambiental, mas também na estabilidade das instituições multilaterais, da governança global e dos marcos de segurança.

A XXII Conferência Internacional de Segurança do Forte tem uma missão distinta: iluminar os desafios de segurança mais urgentes em um mundo em rápida transformação. Ancorada nas amplas mudanças que vêm reconfigurando a ordem internacional, a conferência destaca a Europa e a América Latina como regiões centrais nesse debate. Em consonância com a COP30, o evento colocará em foco a interseção entre ação climática, cooperação multilateral e segurança, reforçando o papel dessas plataformas na promoção de resiliência e estabilidade diante das incertezas globais.

A conexão entre as mudanças climáticas e a segurança internacional está, agora, no centro das discussões estratégicas. A crise climática deixou de ser apenas uma questão ambiental, tornando-se um multiplicador de ameaças: agrava conflitos, pressiona recursos e testa a resiliência das instituições concebidas para garantir estabilidade. Ao mesmo tempo, o mundo vivencia um ponto de inflexão no multilateralismo em matéria de segurança e defesa, enquanto o nacionalismo crescente, as incertezas econômicas e as mudanças nas dinâmicas de poder colocam em xeque a eficácia das respostas coletivas às ameaças globais. Nesse cenário complexo, é imperativo adotar uma abordagem integrada que articule segurança, ação climática e governança.

Essa crescente interdependência entre clima e segurança exige pensamento crítico e ação colaborativa para mitigar seus impactos sobre populações, governos e instituições em todo o mundo. Em uma era de alianças estratégicas em transformação e crescente incerteza, qual deve ser o papel da América Latina e da União Europeia na resposta a esses desafios? O ressurgimento do nacionalismo — impulsionado por recessões econômicas, protecionismo e a erosão de valores democráticos — impõe uma pergunta fundamental: será possível fortalecer a cooperação global para assegurar a estabilidade e mitigar ameaças emergentes?

Como o maior fórum de segurança internacional da América Latina, a Conferência Internacional de Segurança do Forte vem, há mais de duas décadas, promovendo discussões cruciais sobre preocupações comuns em matéria de segurança em parceria com a Europa. Este ano, o evento amplia seu escopo, fomentando um diálogo que transcende fronteiras regionais e busca soluções compartilhadas para navegar no cenário internacional de segurança em constante evolução. 

Confira a Programação:

09:00 (BRT) | FALAS DE ABERTURA

  • Maximilian Hedrich, Diretor da Fundação Konrad Adenauer no Brasil
  •  José Pio Borges, Presidente do Conselho Curador do CEBRI
  • Marian Schuegraf, Embaixadora da União Europeia no Brasil

09:35 (BRT) | PAINEL KEYNOTE | Entre clima e segurança: multiplicador de ameaças e problema global?

  • Antonio Patriota, Ex-Ministro das Relações Exteriores e Embaixador do Brasil no Reino Unido
  • Brian Glynn, Diretor-Geral para as Américas do Serviço Europeu para a Ação Externa
  • Roland Theis, Membro do Parlamento Alemão
  • Moderação: Danielle Ayres, Diretora de Segurança da Informação no Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República do Brasil

10:55 (BRT) | FLASH TALK | Inflexões no poder global: a nova dinâmica na segurança internacional

  • Matias Spektor, Fundador e vice-diretor da Escola de Relações Internacionais da FGV e Senior Fellow do CEBRI

11:20 (BRT) | PAINEL 1 | Aspectos multilaterais das mudanças climáticas: desafios para a COP30

  • María Isabel Ortiz Mantilla, Deputada estadual e Presidente da Comissão de Meio Ambiente do Congresso do Estado de Guanajuato
  • Emmanuella Doussis, Professora de Instituições Internacionais na Universidade Nacional e Kapodistriana de Atenas e Titular da Cátedra UNESCO em Diplomacia Climática
  • Izabella Teixeira, ex-Ministra do Meio Ambiente e Conselheira do CEBRI
  • Moderação: Marianna Albuquerque, Professora no Instituto de Relações Internacionais e Defesa da Universidade Federal do Rio de Janeiro e Senior Fellow do CEBRI

12:30 – 14:15 (BRT) | INTERVALO

14:20 (BRT) | FLASH TALK | Flutuações transatlânticas: um novo começo para a cooperação entre América Latina e Europa

14:45 (BRT) PAINEL 2 | Crime transnacional, segurança e impactos climáticos: uma interseção complexa

  • Robert Muggah, Especialista em segurança, cidades, ação climática e transformação digital e cofundador do Instituto Igarapé
  • Maria Rosa Sabbatelli, Chefe da Unidade de Ameaças e Desafios Globais e Transregionais da Comissão Europeia
  • Nancy Patrícia Gutíerrez, Ex-Ministra do Interior da Colômbia
  • Moderação: Marcelo Della Nina, Chefe da Coordenação-Geral de Enfrentamento de Ilícitos Transnacionais no Ministério das Relações Exteriores do Brasil

15:50 (BRT) | INTERVALO

16:25 (BRT) | PAINEL 3 | A nova geopolítica da energia: recursos, segurança e poder

  • Horacio Werner, Diretor Executivo da Agenda Antartica
  • Elena Lazarou, Fellow do Chatham House e Senior Fellow da Fundação Helênica para Política Europeia e Externa
  • Rafaela Guedes, Integrante do painel de especialistas em Transição Energética do Instituto Clima e Sociedade e Senior Fellow do CEBRI
  • Moderação: Hussein Kalout, Membro do Conselho Consultivo Internacional do CEBRI

17:40 (BRT) | ENCERRAMENTO

Inscreva-se clicando aqui

Horário:

9h (BRT)

Idioma:

Inglês, Português, Espanhol e Alemão

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Em 2024, o mundo atingiu um marco crítico: pela primeira vez, a temperatura média global superou 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, ultrapassando o limite estabelecido pelo Acordo de Paris. Esse ponto de inflexão não apenas evidencia a urgência da crise climática, como também sinaliza profundas repercussões geopolíticas e de segurança. À medida que os impactos relacionados ao clima se intensificam, o sistema internacional enfrenta múltiplos pontos de ruptura — não apenas na esfera ambiental, mas também na estabilidade das instituições multilaterais, da governança global e dos marcos de segurança.

A XXII Conferência Internacional de Segurança do Forte tem uma missão distinta: iluminar os desafios de segurança mais urgentes em um mundo em rápida transformação. Ancorada nas amplas mudanças que vêm reconfigurando a ordem internacional, a conferência destaca a Europa e a América Latina como regiões centrais nesse debate. Em consonância com a COP30, o evento colocará em foco a interseção entre ação climática, cooperação multilateral e segurança, reforçando o papel dessas plataformas na promoção de resiliência e estabilidade diante das incertezas globais.

A conexão entre as mudanças climáticas e a segurança internacional está, agora, no centro das discussões estratégicas. A crise climática deixou de ser apenas uma questão ambiental, tornando-se um multiplicador de ameaças: agrava conflitos, pressiona recursos e testa a resiliência das instituições concebidas para garantir estabilidade. Ao mesmo tempo, o mundo vivencia um ponto de inflexão no multilateralismo em matéria de segurança e defesa, enquanto o nacionalismo crescente, as incertezas econômicas e as mudanças nas dinâmicas de poder colocam em xeque a eficácia das respostas coletivas às ameaças globais. Nesse cenário complexo, é imperativo adotar uma abordagem integrada que articule segurança, ação climática e governança.

Essa crescente interdependência entre clima e segurança exige pensamento crítico e ação colaborativa para mitigar seus impactos sobre populações, governos e instituições em todo o mundo. Em uma era de alianças estratégicas em transformação e crescente incerteza, qual deve ser o papel da América Latina e da União Europeia na resposta a esses desafios? O ressurgimento do nacionalismo — impulsionado por recessões econômicas, protecionismo e a erosão de valores democráticos — impõe uma pergunta fundamental: será possível fortalecer a cooperação global para assegurar a estabilidade e mitigar ameaças emergentes?

Como o maior fórum de segurança internacional da América Latina, a Conferência Internacional de Segurança do Forte vem, há mais de duas décadas, promovendo discussões cruciais sobre preocupações comuns em matéria de segurança em parceria com a Europa. Este ano, o evento amplia seu escopo, fomentando um diálogo que transcende fronteiras regionais e busca soluções compartilhadas para navegar no cenário internacional de segurança em constante evolução. 

Confira a Programação:

09:00 (BRT) | FALAS DE ABERTURA

  • Maximilian Hedrich, Diretor da Fundação Konrad Adenauer no Brasil
  •  José Pio Borges, Presidente do Conselho Curador do CEBRI
  • Marian Schuegraf, Embaixadora da União Europeia no Brasil

09:35 (BRT) | PAINEL KEYNOTE | Entre clima e segurança: multiplicador de ameaças e problema global?

  • Antonio Patriota, Ex-Ministro das Relações Exteriores e Embaixador do Brasil no Reino Unido
  • Brian Glynn, Diretor-Geral para as Américas do Serviço Europeu para a Ação Externa
  • Roland Theis, Membro do Parlamento Alemão
  • Moderação: Danielle Ayres, Diretora de Segurança da Informação no Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República do Brasil

10:55 (BRT) | FLASH TALK | Inflexões no poder global: a nova dinâmica na segurança internacional

  • Matias Spektor, Fundador e vice-diretor da Escola de Relações Internacionais da FGV e Senior Fellow do CEBRI

11:20 (BRT) | PAINEL 1 | Aspectos multilaterais das mudanças climáticas: desafios para a COP30

  • María Isabel Ortiz Mantilla, Deputada estadual e Presidente da Comissão de Meio Ambiente do Congresso do Estado de Guanajuato
  • Emmanuella Doussis, Professora de Instituições Internacionais na Universidade Nacional e Kapodistriana de Atenas e Titular da Cátedra UNESCO em Diplomacia Climática
  • Izabella Teixeira, ex-Ministra do Meio Ambiente e Conselheira do CEBRI
  • Moderação: Marianna Albuquerque, Professora no Instituto de Relações Internacionais e Defesa da Universidade Federal do Rio de Janeiro e Senior Fellow do CEBRI

12:30 – 14:15 (BRT) | INTERVALO

14:20 (BRT) | FLASH TALK | Flutuações transatlânticas: um novo começo para a cooperação entre América Latina e Europa

14:45 (BRT) PAINEL 2 | Crime transnacional, segurança e impactos climáticos: uma interseção complexa

  • Robert Muggah, Especialista em segurança, cidades, ação climática e transformação digital e cofundador do Instituto Igarapé
  • Maria Rosa Sabbatelli, Chefe da Unidade de Ameaças e Desafios Globais e Transregionais da Comissão Europeia
  • Nancy Patrícia Gutíerrez, Ex-Ministra do Interior da Colômbia
  • Moderação: Marcelo Della Nina, Chefe da Coordenação-Geral de Enfrentamento de Ilícitos Transnacionais no Ministério das Relações Exteriores do Brasil

15:50 (BRT) | INTERVALO

16:25 (BRT) | PAINEL 3 | A nova geopolítica da energia: recursos, segurança e poder

  • Horacio Werner, Diretor Executivo da Agenda Antartica
  • Elena Lazarou, Fellow do Chatham House e Senior Fellow da Fundação Helênica para Política Europeia e Externa
  • Rafaela Guedes, Integrante do painel de especialistas em Transição Energética do Instituto Clima e Sociedade e Senior Fellow do CEBRI
  • Moderação: Hussein Kalout, Membro do Conselho Consultivo Internacional do CEBRI

17:40 (BRT) | ENCERRAMENTO

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